Abengoa e consórcio com State Grid levam principais lotes em leilão de transmissão

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Por Redação
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A Abengoa e o consórcio liderado pela chinesa State Grid levaram os principais lotes no leilão de transmissão de energia destinados ao escoamento da energia da hidrelétrica Belo Monte, em um certame nesta quarta-feira com deságios que chegaram a perto de 40 por cento. A agressividade dos lances apresentados por algumas elétricas foi maior que a esperada por analistas, que imaginavam deságios menores no momento em que as empresas ainda digerem os efeitos da renovação onerosa das concessões do setor elétrico que venceriam entre 2015 e 2017. CPFL Energia, Copel e Furnas com o fundo de investimento Caixa Milão também levaram lotes na licitação. A Abengoa ficou com três lotes, oferecendo deságios de 16,6 a 30,7 por cento. A empresa venceu a disputa pelo lote A, o maior do leilão, que irá escoar energia da usina Belo Monte, para o qual se dispôs a ter receita anual de 145,7 milhões de reais, ou 28,6 por cento abaixo do teto estabelecido. A Abengoa também fez a proposta vencedora para os lotes E e F. O lote G --outro que ajudará no escoamento da energia de Belo Monte-- ficou com o consórcio formado por State Grid (51 por cento), Copel (24,5 por cento) e Furnas (24,5 por cento), que ofereceram um deságio de 5,56 por cento e terão receita anual de 100,263 milhões de reais quando o sistema entrar em operação. Após ficar sem participar de vários leilões, a CPFL Energia voltou para competir por uma subestação para atendimento da região de Piracicaba (SP) e saiu vencedora do lote C. O deságio foi de 39,4 por cento -o maior em termos percentuais no certame. A empresa garantiu uma receita anual de 8,87 milhões. A Copel venceu sozinha o lote B, localizado em São Paulo, ao oferecer um deságio de 5 por cento. A linha de transmissão e a subestação que compõem o lote irão assegurar o escoamento da geração das usinas a biomassa da região de Assis e de Presidente Prudente, no interior paulista, e reforçar as demais instalações de transmissão da área. Furnas saiu vencedora do lote D em consórcio com o Fundo de Investimentos e Participações Caixa Milão (51 por cento), e vai construir uma linha de transmissão de 297 quilômetros passando por São Paulo e Minas Gerais. O consórcio ofereceu um lance com deságio de 18,9 por cento. Furnas, subsidiária da Eletrobras, que não podia ir ao leilão com mais de 49 por cento de participação em consórcio por ter atrasos em obras de transmissão. O lote H, no Acre, não foi licitado por não receber nenhuma oferta. (Por Anna Flávia Rochas)

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