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Aberta há 8 anos, USP Leste obtém licença ambiental

A unidade, que tem mais de 6 mil alunos, operava desde 2005 sem o documento da Cetesb e as medidas técnicas necessárias

Por Paulo Saldaña
Atualização:

Oito anos após ser inaugurada, a Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH), a USP Leste, obteve a licença ambiental que autoriza seu funcionamento. A Licença de Operação foi concedida em 29 de novembro pela Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb).A unidade deveria ter a licença para funcionar, mas a USP Leste operava desde 2005 sem o documento e as medidas técnicas necessárias. Em 2011, vistoria da Cetesb constatou que os drenos até então instalados não estavam funcionando. Por estar na várzea do Rio Tietê, toda a área ocupada pela unidade - e também as vizinhas - apresentam problemas de poluição de solo.Segundo a USP, para que a licença fosse concedida em definitivo, um grupo foi formado para trabalhar apenas com esse assunto - chamado Comissão Especial do Meio Ambiente. Em conjunto com a Superintendência de Espaço Físico, a unidade teve de tomar providências técnicas para promover a exaustão dos gases do subsolo e manter um sistema permanente de monitoramento de riscos ambientais da área. A universidade também contratou o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), ligado à USP, para auxiliar no projeto.Apesar de obter a licença, a universidade precisa manter uma série de ações para que a área não corra riscos. A USP informou que desde 2005 vem mantendo contatos com a Cetesb para realizar todas as medidas para obter a licença para as edificações. Segundo o diretor da USP Leste, José Jorge Boueri Filho, a licença é um passo importante para a expansão da unidade - que deve ocorrer em um terreno vizinho. "As medidas ambientais na nova área serão uma extensão do que a Cetesb já aprovou", disse. A USP Leste tem quase 6 mil alunos e oferece 10 graduações.Expansão. A USP Leste planeja uma expansão de mais de 38 mil m² em novas construções na unidade, à beira da Rodovia Ayrton Senna, na zona leste. Os edifícios devem ocupar a atual área da escola e também um terreno vizinho, de 43 mil m², cedido pelo governo do Estado.Estão projetados dez novos equipamentos, entre prédios de pesquisa, laboratórios e centro de convenções. A previsão é de um investimento de R$ 96 milhões para as obras, como o Estado revelou em maio.O novo terreno também precisa de tratamento ambiental para abrigar os dois prédios planejados. Além de instalar dutos, a USP Leste fará as construções sem contato direto com o solo, erguidas sobre pilares.

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