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Ação contra Virgílio é arquivada, Duque nega acordo com oposição

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Por Redação
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O presidente do Conselho de Ética do Senado, Paulo Duque (PMDB-RJ), arquivou nesta quarta-feira representação feita pelo PMDB contra o líder da bancada do PSDB, Arthur Virgílio (AM), por quebra de decoro parlamentar. O documento foi entregue à Secretaria Geral da Mesa do Senado. Duque negou que a decisão favorável ao líder do PSDB faça parte de um acordo entre oposição e governo. "Comigo não tem acordo, não faço acordo. Tudo que eu fiz foi de acordo com a minha consciência", disse o senador a jornalistas. Um possível acerto entre a base aliada e a oposição restringiria os debates sobre investigações contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), ao Conselho, encerrando os discursos em plenário. A ação contra Virgílio foi protocolada na última quarta-feira após o alerta do líder do PMDB, Renan Calheiros (PMDB-AL), de que o partido formalizaria uma acusação contra o tucano por ter sido o senador que mais fortemente cobrou a saída de Sarney. Virgílio já havia entrado com denúncias no colegiado contra Sarney --que também foram arquivadas por Duque na última semana. A oposição recorreu para tentar manter essas ações. A representação feita pelo PMDB alega que o senador manteve por 18 meses um servidor de seu gabinete estudando na Espanha com salários pagos pelo Senado. Virgílio já iniciou a devolução parcelada de 210,6 mil reais à Casa. Ele foi responsabilizado também por fazer o Senado ultrapassar o teto para custear despesas médicas de sua mãe. Os recursos para manter as ações contra Sarney serão analisados pelo plenário do Conselho de Ética. Para que os processos prossigam, a oposição conta com os votos do PT, que sinalizou a possibilidade de apoiar alguma das ações, mas ainda não se decidiu. (Reportagem de Ana Paula Paiva)

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