Ações da Eletrobras afundam pelo 4o pregão consecutivo

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Por Redação
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As ações da Eletrobras desabavam mais de 16 por cento nesta segunda-feira, no quarto pregão consecutivo de baixa, com investidores castigando os papéis da estatal por temores sobre os impactos negativos da provável renovação antecipada de concessões elétricas. Às 14h11, a preferencial de classe B perdia 16,7 por cento, a 8,17 reais, e caminhava para registrar a pior sequência de quatro quedas consecutivas da história do papel. Já a ação ordinária tinha desvalorização de 16,6 por cento, a 6,68 reais --se fechar nesse patamar, será a pior baixa percentual acumulada em quatro pregões desde março de 1995. O Ibovespa, enquanto isso, tinha baixa de 0,58 por cento. Investidores temem a perda de receita e baixa contábil que a renovação antecipada de concessões que vencem entre 2015 e 2017 imporá à companhia, considerando os termos propostos pelo governo federal para a renovação dos contratos. Nesse cenário, analistas divulgaram relatórios nos últimos dias revisando para baixo suas recomendações e estimativas para as ações da Eletrobras, com o Barclays mostrando maior pessimismo com as perspectivas para o desempenho da estatal. Na segunda-feira, o Barclays cortou para 1 real seu preço-alvo para ambas as classes de ações da Eletrobras, de estimativa anterior de 29 reais para o papel preferencial e de 20 reais para o ordinário. Também na última segunda-feira, o diretor financeiro e de Relações com Investidores da Eletrobras, Armando Casado de Araújo, disse que se a estatal federal não pagará lucro aos acionistas preferencialistas referente a 2012, caso use reserva de lucros devido aos efeitos da renovação de suas concessões. Apesar dos impactos negativos, é forte no mercado a percepção de que a companhia aceitará as condições impostas pelo governo --seu principal acionista-- para renovar suas concessões que vencem entre 2015 e 2017. A diretoria da estatal recomendou aos acionistas que aprovem a renovação das concessões e convocou para 3 de dezembro uma assembleia de acionistas para deliberar sobre o assunto. Desde meados de setembro, quando a presidente Dilma Rousseff anunciou um plano para reduzir as tarifas de energia no próximo ano em 20 por cento, na média, a ação preferencial da Eletrobras já despencou 47,4 por cento e a ordinária afundou 34,8 por cento até o fechamento de segunda-feira, 19 de novembro. (Por Danielle Assalve)

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