Acusado do caso da Mega-Sena declara ser inocente

PUBLICIDADE

Por Priscila Trindade
Atualização:

No terceiro dia do julgamento dos dois acusados de matar o milionário da Mega-Sena, René Senna, o réu Ednei Gonçalves Pereira se declarou inocente, assim como o ex-PM Anderson Silva de Sousa fez na tarde de ontem. Segundo o Tribunal de Justiça do Rio, o depoimento dele começou às 14 horas e durou cerca de duas horas. No depoimento, Gonçalves disse que trabalhou na fazenda da vítima entre julho e agosto de 2006 juntamente com Souza, Marco Antonio Vicente, Ronaldo Amaral (também réu no caso), Sergio Luiz Alves da Silva (testemunha de acusação), Sargento da Silva e David Vilena. Ele afirmou que não tinha porte de arma e foi demitido por Senna após se recusar a sair armado da fazenda em companhia de René. Ele relatou ter aceitado a decisão de Senna porque, segundo ele, o trabalho como segurança era um "bico" e não sua fonte principal de renda. Gonçalves disse ser dono de uma farmácia, em Santa Isabel, e que, além disso, trabalhava como motorista de ambulância da Prefeitura de Niterói. O funcionário público confirmou também que conhece Souza há 20 anos porque ele foi seu professor de karatê. Em relação ao dia do crime, ocorrido em 7 de janeiro de 2007, um ano e meio após a vítima ter ganhado o prêmio de R$ 52 milhões, Gonçalves afirmou que estava trabalhando em uma farmácia, localizada em Santa Isabel, das 7 às 22 horas. A condenação ou absolvição dos réus será decidida pelo corpo de jurados, formado por cinco mulheres e dois homens. Após o depoimento de Gonçalves, foi determinado um intervalo por volta das 16h30. O julgamento seria retomado com o debate entre Marcus Rangoni, assistente de acusação contratado pela filha de René, Renata Senna; o Ministério Público e os advogados de defesa. A previsão do TJ do Rio é que os debates durem nove horas.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.