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Acusados de matar garoto boliviano são achados mortos

Por Luciano Bottini Filho
Atualização:

Dois acusados pela morte do menino boliviano Brayan, de 5 anos, assassinado durante um assalto na zona leste de São Paulo, foram encontrados mortos às 14h30 desta sexta-feira. Paulo Ricardo Martins, o Tripa, de 18 anos, e Felipe dos Santos Lima, o Paulinho, de 19, cumpriam prisão preventiva no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Santo André, na Grande São Paulo. O caso foi registrado inicialmente como "morte suspeita".Martins e Lima foram denunciados pelo Ministério Público no dia 27, cerca de dois meses depois do assassinato do boliviano. Na ocasião, a Justiça decretou a prisão preventiva dos dois. Um terceiro envolvido, menor de idade, está apreendido na Fundação Casa.Em nota, a Secretaria de Administração Penitenciária informou que o caso foi comunicado à Vara de Execução Criminal, à Polícia Civil e à perícia técnica. Segundo o órgão, será instaurado o chamado procedimento apuratório preliminar, para apontar as causas das mortes. Além disso, o caso também seguirá para a Corregedoria Administrativa do Sistema Penitenciário. CrimeBrayan foi morto durante um assalto à casa em que morava com a família e outros bolivianos na região de São Mateus, na zona leste de São Paulo. A mãe dele, a costureira Veronica Capcha Mamani, de 24 anos, contou que o filho chorou na frente dos criminosos e pediu para "não morrer", mas levou um tiro na cabeça.Quando o crime aconteceu, a família estava havia seis meses no Brasil. Os pais de Brayan, que trabalhavam em uma oficina de costura, voltaram para a Bolívia após a morte do filho. A comunidade boliviana em São Paulo se mobilizou para ajudá-los no retorno.Segundo a polícia, Diego Rocha Freitas Campos, de 20 anos, é o suspeito de dar o tiro que matou o garoto boliviano. Ele e mais um colega, Wesley Pedroso, de 18 anos, que participou do assalto, estão foragidos.Campos estava preso, mas fugiu em maio do Centro de Detenção Provisória Franco da Rocha, onde cumpria pena por roubo. Ele saiu da prisão no indulto de Dia das Mães.

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