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Adolescente vítima de câncer descobre que 'bully' por trás de ameaças era 'melhor amiga'

Jovem de 14 anos que superou doença aos 11 foi vítima de mensagens ameaçadoras por parte de amiga da escola.

Por BBC Brasil
Atualização:

Uma adolescente americana que conseguiu superar um câncer voltou a dar a cara contra uma nova batalha, o bullying cibernético. Justine Williams, 14, teve de conviver semanas com um estranho que lhe enviava mensagens hostis pela internet e pelo celular, até descobrir, para sua surpresa, que o 'bully' - responsável pelo bullying contra ela - era uma de suas melhores amigas da escola. O caso repercutiu no subúrbio de North Andover, nos arredores de Boston. A vida pessoal de Justine já tinha sido notícia na localidade depois que, aos 11 anos de idade, ela conseguiu superar um câncer. Na batalha contra a doença, a jovem perdeu uma perna e hoje anda com ajuda de uma prótese. "Fizemos tanto esforço para empurrar Justine para frente, para superar o câncer, as cirurgias múltiplas, e agora esta criança dá mais um passo atrás...", disse a mãe, Jane, em uma entrevista à rede CNN local, Canal 5. Em fevereiro deste ano, a estudante, que está no último ano do ensino médio, começou a receber mensagens com conteúdo ameaçador, como "Vou estuprá-la", "Vou colocar uma bomba na frente da sua casa" e "Vou matar seus animais". "Eu me sentia devastada por causa delas", disse Justine à CBS local. A menina demorou a contar aos pais sobre as ameaças. Quando o fez, o caso foi levado à polícia de Massachussetts. Os investigadores descobriram que a perpetradora do bullying era uma menina de 13 anos considerada por Justine como uma de suas melhores amigas. Ela utilizava um site que ocultava a origem do número telefônico. Às vezes, enviava os textos anônimos enquanto falava com Justine através do computador, de forma a observar a reação da vítima. Quando o caso foi revelado, a escola tirou a autora das intimidações da classe de Justine e tomou medidas para eliminar o contato entre as duas. A jovem foi condenada a prestar serviço comunitário e a frequentar terapia por um curto período. A família considerou a pena demasiado branda. "Se essa menina é assim no ensino médio, como vai ser quando chegar na escola secundária?", questionou o pai, Michael. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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