
22 de junho de 2012 | 09h38
Se for declarado insano, Breivik deve ser internado em um manicômio judicial, em vez de cumprir pena de prisão.
"Breivik deseja ser punido por suas ações -- ou seja, ser tratado como criminalmente são pela corte", disse o advogado Geir Lippestad.
"Se olharmos os direitos humanos básicos e levarmos em conta que o réu tem um projeto político - ver suas ações como uma expressão de doença é retirar um direito humano básico, o direito de assumir as responsabilidades pelas próprias ações", afirmou Lippestad.
Peritos psiquiátricos apresentaram laudos conflitantes sobre a sanidade de Breivik, que em 22 de julho detonou uma bomba em meio a prédios públicos de Oslo, e em seguida matou a tiros 69 pessoas, a maioria adolescentes, num acampamento do governista Partido Trabalhista numa ilha próxima à capital.
Ele disse que queria punir os trabalhistas por seu apoio ao multiculturalismo e à imigração.
Para comprovar sua tese de motivação política, Lippestad disse que Breivik poupou na ilha de Utoeya algumas pessoas que ele considerou não serem politicamente ativas, e preferiu cometer a chacina no acampamento trabalhista em vez de abater pessoas indiscriminadamente nas ruas de Oslo.
A defesa também alega que todos os que mantêm contato com Breivik desde sua prisão o descrevem como calmo e comportado. "Não há sinais de violência nessas relações. Não foi a violência que tem sido o motor da sua vida", disse Lippestad.
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