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Agricultura ecológica virou disciplina

Unesp foi uma das primeiras universidades a reformularem o currículo de agronomia, já em 2006

Por Niza Souza
Atualização:

De olho nas exigências do mercado, o Ministério da Educação (MEC), por meio da Câmara de Educação Superior, do Conselho Nacional de Educação, publicou, em fevereiro de 2006, a Resolução nº 1, instituindo diretrizes curriculares para o curso de graduação em Engenharia Agronômica ou Agronomia.

 

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Até então, a legislação não era específica quanto ao conteúdo dos temas abordados no curso. As universidades tinham apenas um currículo mínimo de disciplinas a cumprir. "Com a lei de diretrizes e bases a intenção é melhorar a qualidade do curso", diz o coordenador do curso de Agronomia da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), de Jaboticabal (SP), Marcílio Vieira Martins Filho.

 

PIONEIRAA Unesp foi uma das primeiras universidades a reformularem o currículo de agronomia, já em 2006. Uma das preocupações foi justamente sobre o tema sustentabilidade. "Está clara a preocupação do mundo com questões como aquecimento global. Na reformulação foram criadas disciplinas como introdução à agricultura sustentável, ecologia, educação ambiental e energia na agricultura, que trata das diversas fontes de energia limpa", ressalta Martins Filho.O professor João Sebastião de Araújo, da UFRRJ, diz que antes da resolução muitas instituições estavam defasadas com relação ao mercado. "As grades dos cursos estavam com cinco, até dez anos de defasagem com as tendências do mercado", diz. Segundo ele, a nova resolução do MEC tem um texto mais incisivo para chamar a atenção de assuntos específicos, como respeito à fauna e à flora, recuperação da qualidade do solo, do ar e da água, uso tecnológico racional, integrado e sustentável do ambiente e atendimento às expectativas humanas e sociais no exercício das atividades profissional. Confira o texto completo no site: www.anaceu.org.br/conteudo/legislacao/resolucoes/2006%20-%20Resolucao%20CNE-CES%201%20-%202%20fevereiro.pdf.

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