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Aids ameaça produção de alimentos em países pobres

Agência da ONU diz que a falta de mão-de-obra provocada pela doença ameaça a capacidade das comunidades mais pobres de conseguir manter a subsistência

Por Agencia Estado
Atualização:

A epidemia de aids continua a agravar-se nas áreas rurais do mundo em desenvolvimento e, na medida em que a doença abate a força de trabalho na agricultura, a produção de alimentos cai e a pobreza se agrava, informa a agência de agricultura e alimentação das nações Unidas, a FAO, no Dia Mundial de Luta contra a Aids. A FAO afirma que 70% da população dessas áreas depende da agricultura para a subsistência. A África subsaariana é a região mais afetada pelos efeitos da aids na atividade agrícola. "A pesada perda de trabalho agrícola... provavelmente afetará a produtividade, a segurança alimentar e a pobreza nas próximas décadas", disse Marcela Villareal, diretora da Divisão de Gênero e População da FAO. "Ao solapar a produção de alimentos, a epidemia agrava o círculo vicioso da fome e da pobreza". A FAO informa ter lançado programas de nutrição e introduzido tecnologias que economizam mão-de-obra, por conta do impacto da epidemia na agricultura. A agência ajuda a ensinar técnicas agrícolas a crianças cujos pais morreram de aids antes de poder treinar os filhos. Em Moscou, a organização não-governamental Médicos Sem Fronteiras (MSF) pediu que instituições internacionais ajudem os países em desenvolvimento a pagar por tratamentos contra a aids. "Os novos regimes de drogas recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para os pacientes em início de tratamento podem ser até seis vezes mais caros do que a combinação mais comum em uso", afirma comunicado da MSF, divulgado na capital russa.

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