08 de maio de 2012 | 09h27
Melissa Chan trabalhava para a Al Jazeera em Pequim desde 2007 e mantinha uma conta no Twitter com mais de 15 mil seguidores.
"A mídia envolvida sabe no seu coração o que fez de errado", disse a jornalistas Hong Lei, porta-voz da chancelaria chinesa, nesta terça-feira. Ele disse que "leis e regulamentos" foram violados, mas não deu detalhes.
Chan, cidadã norte-americana, não se manifestou.
O Clube dos Correspondentes Estrangeiros da China, que não é reconhecido pelo governo local, disse que a credencial de Chan deixou de ser renovada porque as autoridades se mostraram insatisfeitas com o conteúdo da Al Jazeera, incluindo um documentário, produzido no exterior, que apontava o uso de mão de obra carcerária na fabricação de produtos chineses vendidos no Ocidente.
O canal em árabe da Al Jazeera continuará tendo correspondente em Pequim.
Em 1998, a China expulsou um jornalista japonês e outro alemão, acusando-os de possuírem segredos de Estado. Em 1995, o governo havia deixado de renovar a credencial de um repórter alemão por causa das suas reportagens "agressivas e tendenciosas".
(Reportagem de Lucy Hornby e Michael Martina)
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.