03 de junho de 2010 | 18h20
Em uma fita de áudio que foi ao ar na Al Arabiya, um comandante regional da Al Qaeda ameaçou "grandes operações" contra o reino após a detenção de Haylah al-Qassir.
Acredita-se que Qassir seja responsável pelo recrutamento de mulheres para um grupo mundial de militantes assim como pela gestão de assuntos financeiros, disse o canal de televisão árabe.
"A Al Qaeda está organizando células para sequestrar... príncipes, ministros e autoridades, inclusive comandantes militares", disse Saeed al-Shehri na fita de áudio.
A Reuters não pode confirmar a veracidade da gravação.
O braço regional do grupo no Iêmen, conhecido como a Al Qaeda na Península Arábica (AQAP, na sigla em inglês), se tornou uma das principais preopupações de segurança do Ocidente e da Arábia Saudita depois que o grupo assumiu responsabilidade pelo ataque frustrado à bomba a bordo de um avião de passageiros rumo aos Estados Unidos em dezembro.
Em abril, o grupo tentou assassinar o embaixador britânico no Iêmen quando um homem-bomba se jogou em frente ao seu comboio na capital, Sanaa.
Apenas o homem-bomba morreu, mas o ousado ataque sinalizou que a recente represssão por parte do governo iemenita contra o grupo militante de atuação global tem feito pouco para conter as ambições de continuar com ataques na região e além dela.
Em agosto passado, um homem-bomba da AQAP, de 23 anos, alegando ser um militante arrependido, tentou matar o príncipe Mohammed bin Nayef que comanda a campanha antiterrorista na Arábia Saudita.
O Iêmen, lutando para conter a insurgência xiita ao norte do país e o movimento separatista ao sul, tem enfrentado pressão internacional para aliviar os conflitos domésticos e focar no combate ao movimento ressurgente da Al Qaeda no país empobrecido.
Qassir, conhecida como "a dama da Al Qaeda", é a viúva de um agente da Al Qaeda morto seis anos atrás, segundo a emissora Al Arabiya.
(Reportagem de Erika Solomon)
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