Al Qaeda nega que a maioria de seus combatentes no Iêmen seja de estrangeiros

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Por Redação
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Sites islâmicos publicaram uma declaração da Al Qaeda, no sábado, negando afirmações do presidente do Iêmen, Abd Rabbu Mansiur Hadi, de que a grande maioria de seus combatentes que estão no país conturbado são estrangeiros. Em abril, tropas iemenitas começaram uma ofensiva em uma região no sul do Iêmen, incluindo as províncias de Abyan e Shavwa, em uma campanha para erradicar os militantes da Al Qaeda. Em um discurso do dia 29 de abril, Hadi disse que cerca de 70 por cento dos membros da Al Qaeda no Iêmen, são estrangeiros. Desde então, o exército disse que cerca de 500 militantes da Al Qaeda foram mortos durante a sua ofensiva, muitos deles eram estrangeiros.  "Nós apuramos a inverdade dessa alegação uma vez que a grande maioria dos combatentes é de filhos de país muçulmano que compartilham a fraternidade da religião e estão enraizados em suas tribos", disse o comunicado da Al Qaeda. Embora os comentários sejam do dia 30 de abril, um dia depois do discurso de Hadi, a declaração só foi publicada em sites islâmicos no sábado. A Al Qaeda na Península Arábica (AQAP) e sua ramificação, Anshar-al-Sharia, têm dificultado os esforços de países aliados aos Estados Unidos para restaurar a estabilidade do país aliado, desde que uma revolta no país, em 2011, forçou a mudança do governo. Centenas de pessoas morreram em atentados, ataques suicidas, e incursões do grupo militante contra as instalações militares e governamentais e locais estrangeiros. No sábado, um alto funcionário do exército iemenita, que lecionava na academia de polícia, foi morto quando os militantes atiraram nele, em frente à sua casa em Sanaa e fugiram em uma moto, disse o Ministério da Defesa em seu site. A estabilidade no Iêmen -- que compartilha uma longa fronteira com o maior exportador de petróleo do mundo, a Arábia Saudita -- tornou-se uma preocupação internacional, nos últimos anos, depois que a AQAP tentou realizar ataques no exterior, incluindo uma tentativa de explodir um avião de passageiros que se dirigia aos EUA. Desde 2012, a principal base da AQAP tem sido a região montanhosa de al-Mahfad, para onde os militantes fugiram depois que o exército, com a ajuda  dos EUA, os expulsou de cidades e regiões que eles tinham tomado durante uma revolta caótica contra o então presidente Ali Abdullah Saleh. (Reportagem de Omar Fahmy)

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