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Alckmin não descarta punir quem exceder uso da água

Governador diz que Agência Reguladora de Saneamento e Energia (Arsesp) avalia um ‘plus’ para quem estiver acima da média

Por ANA FERNANDES
Atualização:

Atualizada às 22h24

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Depois de inaugurar obras para melhorias no abastecimento de água, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse nesta terça-feira, 2, que a possibilidade de multa para quem usa água de forma excessiva continua em estudo pela Agência Reguladora de Saneamento e Energia (Arsesp) e pela Procuradoria-Geral do Estado. O governador, no entanto, evitou a palavra “multa”. “A Arsesp está estudando a questão de você ter um ‘plus’ para quem estiver acima da média, mas não é ainda uma decisão.”

Questionado pelo Broadcast Político, serviço online do Grupo Estado, se era politicamente favorável à medida, Alckmin respondeu que pessoalmente é contra gasto excessivo, mas disse que a questão ainda precisa ser analisada juridicamente. Atualmente, o governo estadual trabalha com faixas de economia de água que rendem descontos. 

O secretário de Recursos Hídricos, Mauro Arce, disse que o governo tem dado preferência a esse conceito. “Estamos acreditando nas pessoas, e não é sem razão, porque o resultado tem sido positivo”, disse. 

Arce esteve ao lado de Alckmin e da presidente da Sabesp, Dilma Pena, que teve a imagem desgastada ao longo da CPI da Sabesp na Câmara Municipal. Questionada sobre o plano de contingenciamento que a empresa ficou de apresentar à CPI, ela disse ontem que o assunto deveria ser tratado com Arce. “Quem deve saber responder é ela”, rebateu o secretário. Uma hora depois, quando Alckmin foi indagado, Arce informou que o plano foi entregue na semana passada e cabe aos vereadores torná-lo público.

Inauguração. Nesta terça, Alckmin inaugurou obras que totalizam R$ 152,1 milhões. A principal é a ampliação da vazão do Sistema Guarapiranga de 14 mil litros por segundo para 15 mil litros, por meio de um sistema de ultrafiltração. Segundo o governador, isso permitirá que 300 mil pessoas deixem de ser abastecidas pelo Cantareira, principal atingido pela estiagem e que abastece 6,5 milhões de pessoas na região metropolitana, e passem a ser atendidas pelo Guarapiranga. “Daqui a pouquinho, o Guarapiranga vai passar o Cantareira”, disse Alckmin.

Nesta terça, os seis principais reservatórios que abastecem a capital e a Grande São Paulo registraram queda no volume armazenado. O Cantareira caiu 0,2 ponto porcentual e operava com 8,5% da capacidade. O Guarapiranga perdeu 0,3 ponto porcentual, caindo para 33,1%. O nível no Alto Tietê desceu 0,1 ponto, para 5,5%. Os Sistemas Alto Cotia, Rio Claro e Rio Grande sofreram quedas de 0,3, 0,5 e 0,3 ponto porcentual e operavam com 29,6%, 31,1% e 63,2%, respectivamente. / COLABOROU FELIPE RESK

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