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Alta do IPCA desacelera em fevereiro a 0,45%--IBGE

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Por Redação
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A inflação oficial brasileira perdeu força em fevereiro, atingindo o seu menor patamar em cinco anos para o período. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,45 por cento no mês passado, após alta de 0,56 por cento em janeiro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira. É o menor nível desde fevereiro de 2007, quando o índice registrou variação positiva de 0,44 por cento. No acumulado de 12 meses, o IPCA avançou 5,84 por cento no mês passado, ante uma alta acumulada de 6,22 por cento em janeiro. Trata-se da menor taxa desde novembro de 2010, quando ficou em 5,63 por cento. Analistas ouvidos pela Reuters previam que o indicador teria alta de 0,44 por cento em janeiro, segundo a mediana de 37 previsões, com as estimativas entre 0,35 e 0,50 por cento. Para o acumulado em 12 meses, a mediana apontava alta de 5,84 por cento, com estimativas entre 5,70 e 5,90 por cento. O IPCA é referência para a meta oficial de inflação, de 4,5 por cento ao ano, com margem de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. INFLAÇÃO MENOR Os indicadores de preços vinham mostrando quedas nas últimas semanas e até deflação. Nesta sexta-feira, a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) informou que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de São Paulo continuou caindo na primeira quadrissemana de março, embora com menor intensidade. O recuo foi de 0,02 por cento, ante uma deflação de 0,07 por cento na quarta quadrissemana de fevereiro, que equivale ao fechamento do mês. Contudo, nesta sexta-feira, a primeira prévia de março do IGP-M mostrou mais força nos preços. O indicador subiu 0,23 por cento, ante variação negativa de 0,10 por cento em igual período de fevereiro. O Banco Central tem reiterado que a inflação caminha para o centro da meta, de 4,5 por cento ao ano pelo IPCA, o que favorece a queda da taxa básica de juros. Na última quarta-feira, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC acelerou o passo e reduziu a Selic em 0,75 ponto percentual, para 9,75 por cento ao ano, no quinto corte consecutivo desde agosto. Com isso, analistas ouvidos pela Reuters passaram a prever outra redução de 0,75 ponto na reunião do Copom de 18 de abril. O esforço do governo tem sido para estimular a economia que, apesar de mostrar alguns sinais recentes de recuperação, ainda patina, sobretudo a indústria. Segundo dados do IBGE, a produção industrial caiu 2,1 por cento em janeiro ante dezembro, a maior redução mensal desde dezembro de 2008 -no auge da crise financeira global. (Reportagem de Rodrigo Viga Gaier e Diogo Ferreira Gomes)

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