PUBLICIDADE

Alunos na Nigéria usam laptops de US$ 100

Computadores, chamados de XO, são parte do projeto Um Computador Por Aluno.

Por BBC Brasil
Atualização:

Até recentemente, a escola primária de Galadima, na Nigéria, não tinha nada fora do comum. Mas, em março deste ano, a escola tornou-se a primeira na África a receber os famosos laptops de US$ 100, um aparelho básico e resistente que tem como objetivo ajudar na educação de crianças de países em desenvolvimento. Os computadores, chamados XO, são parte do projeto One Laptop Per Child, ou Um Computador Por Aluno, como ficou conhecido no Brasil. A escola de Galadina recebeu cerca de 300 laptops, uma conexão de internet por satélite conhecida como VSAT, um gerador de energia e painéis solares. O projeto ainda está em fase experimental. Os organizadores do projeto afirmam que os computadores podem fazer uma grande diferença. "O que se precisa para sair da pobreza é educação, é ter conhecimento para saber o que fazer e quando fazer, para se valorizar como ser humano", diz Ayo Kusamotu, advogado e voluntário do projeto. "Esse é um projeto de educação, o laptop é só uma pequena parte disso." Os professores também estão aprendendo, a maioria deles tinha pouca experiência com computadores. Agora, os laptops são usados em todas as aulas, em salas com até 90 crianças. Os laptops funcionam a bateria e podem ser conectados à internet e a outros computadores. As máquinas também vêm com programas, incluindo um editor de textos, um básico de animação e até uma câmera. Mas levar o projeto para outras escolas do país não será barato. Há um ano, a idéia do governo da Nigéria era encomendar 1 milhão de laptops. Mas o novo ministro da educação, Igwe Aja-Nwachuku, não está convencido. "Qual é a vantagem de um laptop por criança, quando muitas vezes elas não têm nem onde sentar para estudar, nem um uniforme para usar na escola, não têm recursos", afirmou o ministro. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.