América do Sul discute pesquisa científica na Antártica

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Por Fabiana Cimieri
Atualização:

O ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, participou hoje da abertura oficial da oficina de estudos sobre "Estratégia Sul-Americana para a Pesquisa Antártica", que reuniu pesquisadores de outros seis países do continente para discutir programas de cooperação científica na Antártica. Cientistas do Brasil, Argentina, Chile, Equador, Peru, Uruguai e Venezuela estão reunidos na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES), no Rio, discutindo formas de aumentar os escassos recursos que possuem para as atividades científicas na região Antártica. O ministro Sérgio Rezende minimizou o problema, dizendo que "o maior problema não é nem a falta de recursos, mas definir como esses sete países podem interagir e contribuir para que tenhamos um melhor conhecimento sobre a Antártica". Os estudos na região são estratégicos devido ao fenômeno do aquecimento global. O clima na América do Sul, sobretudo no inverno, é regido por massas de ar que se originam no lado sudoeste da Península Antártica, que é uma das regiões do planeta que mais esquentaram nos últimos anos. De acordo com o ministro Rezende, a oficina que começou hoje é uma conseqüência da visita de Lula à Antártica, em fevereiro. Com autorização do presidente, o Brasil também acabou de comprar, por R$ 71,5 milhões, um novo navio para o Programa Antártico Brasileiro (Proantar). O navio, fabricado na Noruega, será entregue ainda esse ano e terá três laboratórios e um hangar para dois helicópteros. Atualmente, o Brasil tem apenas o Napoc (Navio de Apoio Oceanográfico) Ary Rangel, que não conta com estrutura para pesquisa.

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