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Annan anuncia suspensão de negociações no Quênia

Ex-secretário-geral da ONU pede que governo e oposição reconheçam crise no país.

Por Da BBC Brasil
Atualização:

O ex-secretário-geral da ONU, Kofi Annan, anunciou nesta terça-feira a suspensão das negociações entre o governo e oposição do Quênia. A atual crise no Quênia teve início depois das eleições de dezembro. A oposição, liderada por Raila Odinga, afirma que o pleito, que elegeu o presidente Mwai Kibaki, foi fraudulento. A polícia queniana afirma que, desde o início da crise em dezembro, 1,5 mil pessoas foram mortas. Segundo o correspondente da BBC em Nairóbi, Adam Mynott, as negociações entre governo e oposição não avançaram nas últimas 48 horas, e Annan não teve outra opção a não ser suspender as negociações. O ex-secretário-geral da ONU afirmou que as discussões ficaram mais difíceis, mas não fracassaram. Para Annan, a "situação é muito difícil", e os dois líderes quenianos precisam se comprometer com o processo de negociação. "Todos os envolvidos precisam entender que estamos vivendo uma crise", afirmou. "É uma situação extraordinária e são necessárias medidas extraordinárias para conseguirmos retomar o controle." 'Intransigência' O governo afirmou que está surpreso com a suspensão das negociações, mas, segundo Mynott, um assistente de Annan teria dito que a "intransigência" do governo queniano está evitando o progresso nas negociações. Na semana passada, os dois lados concordaram com a criação do posto de primeiro-ministro, que poderia ser ocupado por Raila Odinga, o que elevou as esperanças de um acordo final em breve. Mas governo e oposição ainda precisam determinar quais seriam os poderes do primeiro-ministro. Os Estados Unidos e a União Européia pediram que o governo do Quênia e a oposição encontrem uma solução para a crise, que se estendeu ao longo das últimas seis semanas. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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