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ANP propõe 10 bi de barris recuperáveis em leilão do pré-sal

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Por Redação
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A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis sugeriu à presidente Dilma Rousseff que a primeira rodada de leilões sob o regime de partilha, que vai incluir áreas para exploração no pré-sal brasileiro, ofereça 10 bilhões de barris recuperáveis de petróleo, segundo a diretora-geral da autarquia, Magda Chambriard. A rodada está programada para novembro deste ano. "Estamos ofertando a ela (presidente Dilma) 40 bilhões in situ; é muita coisa. É uma cesta de oportunidade com algo como 10 bilhões de barris recuperáveis", disse a diretora a jornalistas, em um evento técnico no Rio de Janeiro. O petróleo in situ representa uma acumulação de petróleo em uma determinada região, em reservatórios descobertos ou de existência estimada em pesquisas, mas não significa que todo o volume é recuperável. Segundo Magda, a rodada deverá incluir o cobiçado campo de Libra, que provavelmente responderá pela maior parte dos volumes leiloados. "Isso seria Libra, seriam áreas anexas e adjacentes a descobertas ou campos e também novas áreas na bacia de Santos", afirmou ela ao ser questionada por jornalistas. A diretora não detalhou os volumes estimados para Libra. A título de comparação, as reservas provadas da Petrobras em 2012 foram estimadas em 16,44 bilhões de barris de petróleo e gás natural. ROYALTIES A diretora da ANP minimizou o impacto da disputa entre Estados produtores e não produtores em torno dos royalties do petróleo. Os governos de Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo protocolaram na sexta-feira ações no Supremo Tribunal Federal (STF) questionando a constitucionalidade das novas regras de distribuição dos royalties do petróleo. A nova lei foi promulgada um dia antes. "Minha preocupação com isso para as próximas rodadas é zero", disse ela ao lembrar que as empresas produtoras são pagadoras de imposto e não cabe a elas definir o destino dos recursos. A ANP deve promover três leilões em 2013, marcando a retomada das licitações, suspensas desde 2008, e alguns representantes do setor se mostraram preocupados com os efeitos da disputa judicial para os leilões. (Reportagem de Rodrigo Viga Gaier)

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