16 de maio de 2011 | 09h59
A cidade de São Paulo tem cerca de 9 mil vagas em albergues, distribuídas por 33 unidades para a população em geral e 13 destinadas a público específico (idosos, crianças e mulheres). Houve aumento de 12,5% no número de atendimentos no primeiro trimestre deste ano, em relação ao mesmo período de 2010.
Em 13 de abril, a reportagem tentou vaga para pernoite em dez albergues, em todas as regiões da capital. Apenas um, o do Jaçanã, na zona norte, ofereceu leito, banho e alimentação. Nos demais, a indicação foi para que se aguardasse na rua, de preferência em lugar distante do abrigo, pela passagem do carro da Central de Atendimento Permanente e de Emergência (Cape). Em uma van, agentes da Cape deveriam recolher moradores de rua e encaminhá-los a algum albergue. Eles dizem que isso não ocorre e são "ignorados" pela assistência social do município.
A secretaria diz que o procedimento correto seria receber o morador de rua, mesmo sem vaga no momento, e chamar a Cape, que tem de providenciar o pernoite onde for possível. Fora o Jaçanã, a reportagem não foi convidada a entrar em nenhum dos abrigos. Apesar disso, a Prefeitura diz que sobraram 890 vagas nos albergues da capital no dia 13 de abril e vai apurar por que funcionários de nove unidades disseram que não havia mais leitos disponíveis para a reportagem.
Para Hedwig Knist, da Pastoral do Povo da Rua, ainda que parte dos moradores de rua não queira sujeitar-se às regras dos abrigos, as vagas são insuficientes. "São quase 14 mil moradores de rua para cerca de 9 mil vagas. É uma questão matemática. Não há lugar para todo mundo", afirma. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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