PRÉ-SAL PARA A CULTURA
Durante o ato com artistas, Dilma sugeriu ainda que recursos do pré-sal deveriam ser destinados também ao setor cultural. “Eu acredito que o dinheiro que nós obteremos no pré-sal também teria que ser destinado a pontos de cultura, start-ups e casas de cultura”, disse.
A presidente não deu detalhes sobre como se daria a aplicação dos recursos. Por lei, 75 por dos royalties do petróleo do pré-sal devem ser destinados à educação e 25 por cento para a saúde.
Dilma e Lula aproveitaram também para fazer uma forte defesa a favor de um plebiscito sobre a criação de uma assembleia constituinte exclusiva para a reforma política, ao mesmo tempo em que lançavam provocações à principal adversária na corrida presidencial, Marina Silva (PSB).
“É necessário fazer da reforma política uma questão básica”, disse Lula. “Para fazer reforma política é preciso fazer a política. É fazendo política dentro dos partidos... Eu acho que não é possível a gente falar de nova política sem dizer como, aonde e com quem”, acrescentou, fazendo referência à campanha de Marina, que tem se colocado como alternativa ao que chama de "velha política".
Em menção às declarações de Marina sobre sua intenção de governar com os bons políticos, independentemente de legendas, o que tem sido interpretado por seus adversários como um caminho para enfraquecer os partidos, Dilma disse que “governar sem partidos é um preâmbulo para o autoritarismo”. Assim como Lula, a presidente voltou a defender um plebiscito para reforma política.
“Eu não acredito em nenhuma reforma política que não tenha a participação popular, e isso significa plebiscito”, disse a presidente. "É fundamental que a gente faça um debate com o povo brasileiro que dê força as nossas propostas de constituinte para consulta para saber se nós somos a favor de financiamento de campanha público ou privado."
(Por Felipe Pontes)