
07 Maio 2012 | 14h20
"Vemos que há disposição política do governo para reduzir juros, mas precisa (solucionar) questões técnicas", afirmou o presidente da entidade, João Galassi, em coletiva de imprensa nesta segunda-feira, citando o cadastro positivo e as despesas públicas como pontos de atenção do governo.
O diretor de economia e pesquisa da Apas, Martinho Paiva Moreira, afirmou que toda redução nas taxas de juros é bem vista pelo setor, mas classificou as medidas tomadas este ano como "artificiais".
"Toda e qualquer diminuição na taxa de juros é bem-vinda (para o setor supermercadista). Mas a gente tem visto que essa diminuição é um tanto quanto artificial. Não acreditamos que isso vai impactar de forma consistente na demanda", disse.
Este ano, além da redução da taxa Selic, a ofensiva do governo para forçar a queda dos spreads bancários fez com que bancos públicos como Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil reduzissem suas taxas, o que levou instituições privadas a seguirem o mesmo caminho.
Já o presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Sussumu Honda, considerou que as medidas colocaram em debate a necessidade de redução dos juros no Brasil.
"Nenhum país vai conseguir crescer com a taxa de juros que o Brasil tem. É preciso que o Brasil entre em um patamar de juros condizente com o crescimento", criticou.
A previsão da Abras para crescimento do faturamento do setor este ano, em todo o país, é um pouco inferior à estimativa da Apas, de aumento entre 3,5 e 4 por cento.
(Por Roberta Vilas Boas)
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