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Após 2 quedas seguidas, dólar tem pequeno ajuste e sobe 0,22%, a R$2,3561

Por BRUNO FEDEROWSKI
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Em dia de pequeno sobe e desce, o dólar fechou com leve alta ante o real nesta terça-feira, num movimento de ajuste após cair quase 2 por cento nas duas sessões anteriores e com operadores citando o patamar de 2,35 reais como um piso de resistência. A moeda norte-americana avançou 0,22 por cento, para 2,3561 reais na venda, sendo que chegou a bater 2,3490 reais na mínima do dia. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro Foi baixo, em torno de 900 milhões de dólares, abaixo da média diária da semana passada de 1,3 bilhão de dólares. "Ontem e na sexta-feira o dólar deu uma boa afundada, agora está retomando um pouco", afirmou o superintendente de câmbio da corretora Advanced, Reginaldo Siaca. "O pessoal está considerando 2,35 reais como um nível de suporte e ficou comprador quando o dólar bateu nesse patamar." Dados fracos sobre o mercado de trabalho norte-americano estão entre os principais motivos da queda recente do dólar. Os números levantaram dúvidas sobre a recuperação da maior economia do mundo e deram força à tese de que a redução do estímulo econômico do Federal Reserve, banco central do país, continuará se dando de forma gradual. A moeda norte-americana registrou alta durante boa parte do dia, chegando a recuar brevemente, mas avançou mais na primeira parte da sessão. Segundo operadores, o avanço perdeu força uma vez que o baixo volume amplificou o impacto de algumas poucas operações. "O volume está muito baixo. Qualquer um que queira forçar um preço ao dólar, consegue fazer isso com um lote pequeno de operações", disse o gerente de câmbio da BGC Liquidez, Francisco Carvalho. A alta da moeda norte-americana veio a despeito da constante intervenção do Banco Central brasileiro no câmbio. Nesta sessão, a autoridade monetária vendeu contratos de swap tradicional --equivalentes a venda futura de dólares-- com vencimento em setembro. Desde o início do ano, o BC só vinha ofertando swaps com vencimento em maio. O BC vendeu 4 mil contratos com vencimento em 1º de setembro deste ano. A operação teve volume financeiro equivalente a 198,0 milhões de dólares. No exterior, o dólar também se fortalecia contra as principais moedas, após dados positivos sobre vendas no varejo nos EUA sugeriram que o Federal Reserve, banco central do país, poderia ter margem para acelerar a redução de seu programa de compra de títulos. "A depreciação do real está em linha com o fortalecimento do dólar no exterior, com a preocupação com o Fed", explicou o diretor de câmbio da Pioneer Corretora, João Medeiros. No final desta tarde, a moeda norte-americana avançava 0,31 por cento frente ao peso mexicano e 0,14 por cento ante o peso chileno. (Por Bruno Federowski)

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