Após 20 dias, Dom Cáppio decide manter greve de fome

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Por ALVARO FIGUEIREDO
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Após 20 dias sem se alimentar, está consideravelmente abatido e debilitado Dom Luiz Cáppio, Bispo de Barra, distrito de Sobradinho, cidade a 560 quilômetros de Salvador. Mesmo fragilizado, ele conta com apoio de religiosos, parentes amigos, que têm jejuado solidariamente, e permanece determinado a manter a greve de fome. O arcebispo de Salvador, Dom Geraldo Majella Agnelo, e o Vaticano, pediram a Dom Cáppio que encerrasse o protesto, mas uma vigília se mantém em Salvador, colhendo assinaturas e chamando atenção para o protesto solitário do religioso. "O ponto alto será na segunda feira, com uma celebração ecumênica na praça da Piedade, ao mesmo tempo que Frei Luiz Cáppio oficia missa também em Sobradinho", explica Marilda Ferri, assessora da pastoral que integra o movimento. As obras da transposição, iniciadas em dois canteiros em Cabrobó, Pernambuco, estão ainda paralisadas, aguardando efeito suspensivo que derrube a liminar, concedida segunda-feira última, pelo desembargador Souza Prudente, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, contestada pelo governo federal. O ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, solicitou ao Ministério da Defesa que retire o Exército do local, para onde foram as tropas do 72º Batalhão de Infantaria de Petrolina (PE), que responde pela segurança da área.

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