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Após 4 anos, obras são retomadas na Ponte do Limão

Faixa está interditada desde 2004; orçadas em R$ 2,5 milhões, obras preveem a substituição de 12 vigas

Por Mônica Cardoso
Atualização:

Após quatro anos e meio, as obras na Ponte do Limão, zona norte de São Paulo, serão finalmente reiniciadas nesta segunda-feira, 2. O prazo para a conclusão é de quatro meses. Orçadas em R$ 2,5 milhões, elas preveem a substituição de 12 vigas, que vem sendo construídas desde março do ano passado, e o aumento do gabarito - distância entre a pista da Marginal do Tietê e a face inferior da ponte - de 4,40 para 5,10 metros. As Pontes do Limão e da Freguesia do Ó são as mais baixas da cidade. Para a execução das obras no Limão, previstas para as seis faixas existentes nos dois sentidos, serão interditadas duas faixas por vez, a cada 21 dias. Na Marginal do Tietê, o trecho no entorno à ponte será interditado das 23 às 6 horas pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). As obras da Ponte do Limão são as que estão paradas há mais tempo na cidade, pelo menos sob responsabilidade da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Obras (Siurb), segundo o superintendente de Obras do órgão, Edward Zeppo. A faixa da direita da ponte, no sentido bairro, foi interditada em agosto de 2004, quando um caminhão ficou entalado e abalou sua estrutura. "Na época, foi feito o reforço dos pilares porque era emergencial", afirma Zeppo. Depois, a licitação demorou além do prazo habitual por causa de brigas judiciais entre as empresas concorrentes. A licitação foi vencida pela Heleno & Fonseca Construtécnica e as obras só puderam começar em março de 2008. Na faixa da direita, são 3,5 metros de interdição com blocos de concreto. Metade da faixa está pavimentada. A outra, de terra, está repleta de mato e plantas. O local se tornou um depósito de entulho, com garrafas pet, sacos de lixo e calotas de veículos. Pelo vão da faixa, esses materiais podem cair e atingir os automóveis, ônibus e caminhões que trafegam pela Marginal do Tietê. Por causa da chuva, a maioria das ligas de ferro está enferrujada. O motorista de van Ronaldo Silvestrini nem se lembra de ter visto a faixa da direita sem os grandes blocos de concreto desde que começou a trabalhar na linha Barra Funda-Elisa Maria há quatro anos. Ele atravessa a Ponte do Limão todos os dias. "Essa obra parada prejudica ainda mais o trânsito. É perigoso porque não há nenhuma sinalização e o motorista tem de desviar rápido. Já vi uma van que tombou." Seu colega, o motorista Sérgio Soares, de 43 anos, concorda que o trecho é perigoso. "Já cansei de ver acidentes, principalmente em horários de pico e na madrugada. É um trecho tão pequeno que não entendo o porquê de deixarem a obra pela metade e não a concluírem."

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