PUBLICIDADE

Após ataque, Ramos-Horta é mantido em 'coma induzido'

Presidente do Timor Leste levou dois tiros em tentativa de assassinato.

Por Thaíza Castilho
Atualização:

O presidente do Timor Leste, José Ramos-Horta, foi colocado em "coma induzido" em um hospital na Austrália depois de ter sido baleado em um atentado nesta segunda-feira de manhã (hora local) em sua casa nos arredores de Dili, a capital do país, segundo informações. O Ministro dos Negócios Estrangeiros, Zacarias da Costa, afirmou que a situação clínica do Presidente é estável após a primeira operação no hospital militar australiano em Dili. Ramos-Horta foi transportado na segunda-feira à tarde (hora local) para Darwin no norte da Austrália, onde prosseguirá os tratamentos para os ferimentos causados por duas balas, que o atingiram no braço e no abdômen. Segundo um comunicado de imprensa divulgado pelo gabinete do primeiro-ministro, Xanana Gusmão, os ataque teriam sido liderados pelo rebelde Alfredo Reinado. Reinado e outro integrante do seu grupo, ainda não indentificado, foram mortos na troca de tiros. Reinado foi um dos protagonistas da onda de violência que varreu o país em 2006, após sua expulsão do Exército junto com outros 598 militares. Gusmão anunciou nesta segunda-feira que Vicente Guterres, vice-presidente do Parlamento, assumiu a Presidência da República interinamente. Xanana Gusmão também foi alvo de uma emboscada na segunda-feira de manhã quando saía de sua residência em direção ao Palácio do Governo. Ele escapou sem ferimentos. Seu veículo, junto com o de sua segurança pessoal, foi atingido por tiros, mas todos os ocupantes saíram ilesos. "Estamos ponderando sobre como o Estado dever reagir a tudo isto", afirmou Xanana em um comunicado de imprensa e adiantando que "as instituições estão em alerta para qualquer ato de vandalismo". O premiê garantiu aos jornalistas que a situação em Dili é estável e apelou à população para manter a calma. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.