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Após chuvas, cidades fazem mutirão de limpeza em MG

Por Eduardo Kattah
Atualização:

Após um período de estiagem, municípios mineiros castigados pelas chuvas intensas na semana passada se mobilizam agora para recuperar os danos causados e contabilizar os prejuízos. Em meio aos mutirões de limpeza, a maior preocupação das autoridades é com o risco de doenças associadas às enchentes, como leptospirose e hepatite. A Coordenadoria Estadual de Defesa Civil informou hoje que subiu para 49 o número de cidades em situação de emergência. Ao todo, 90 municípios já foram afetados pelas chuvas desde setembro. Em Brumadinho, cidade mais atingida da região metropolitana de Belo Horizonte, o nível do rio Paraopeba baixou e a população tenta retomar a rotina. Aproximadamente 600 pessoas, que ficaram desabrigadas ou desalojadas, ainda não haviam voltado para suas casas. A prefeitura carece de profissionais para as vistorias dos imóveis atingidos pelas inundações. Para a produção dos laudos, depende da ajuda de engenheiros voluntários. "Nós temos de avaliar todas as casas. As famílias ficam desesperadas para voltar, mas não temos engenheiros disponíveis. A prefeitura de Brumadinho não conta com nenhum engenheiro no seu quadro de funcionários", disse a secretária municipal de Ação Social, Nara Alves. Segundo ela, durante a cheia, cerca de 16 mil moradores de comunidades rurais ficaram isolados. Hoje, o acesso a pelo menos três mil pessoas continuava complicado, só podendo ser feito por veículos com tração nas quatro rodas. No fim de semana, a assistência a esses moradores só foi possível porque jipeiros fizeram ações voluntárias. "Ainda tem comunidades em regiões de dificílimo acesso. Temos dificuldades de chegar aos locais por causa da lama e barro". Limpeza A equipe de vigilância sanitária do município foi mobilizada para visitar as casas atingidas e orientar os moradores e voluntários sobre os cuidados com a limpeza. A secretária disse que as principais necessidades do município no momento são material de limpeza, água potável, botas plásticas e luvas. Uma carreta com 23 toneladas de roupas e calçados, que seria destinada para as vítimas em Santa Catarina, foi encaminhada para o município. "Estamos pedindo para as pessoas não mandarem mais roupas ou calçados porque estamos com dificuldades para armazenar", afirmou Nara. A administração municipal abriu uma conta corrente no Banco do Brasil para receber doações: 14.748-6 - PMB - Fundo de Doações Enchente 2008; agência 1669-1.

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