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Após dez dias, Exército deixa cidades baianas

Decisão de pedir tropas federais partiu do governador Jaques Wagner

Por Tiago Décimo
Atualização:

SALVADOR - Dez dias após o Exército ter chegado à Bahia por causa da greve da Polícia Militar, o governador Jaques Wagner (PT) solicitou, nesta sexta-feira, 25, a retirada do decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), assinado pela presidente Dilma Rousseff. Com isso, saem as tropas federais do Exército e da Força Nacional de Segurança que faziam o policiamento nas principais cidades do Estado desde o dia 16.

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A decisão de decretar a GLO foi tomada horas depois do início da greve da PM no Estado, na noite do dia 15. No dia seguinte, cerca de 5 mil homens desembarcaram em Salvador para tentar garantir a segurança da população. O contingente chegou a 8 mil militares. As tropas, porém, não impediram que uma onda de violência se instalasse em cidades baianas, com grande aumento nos números de homicídios e de roubos de veículos e a estabelecimentos comerciais, em especial na Região Metropolitana de Salvador e em Feira de Santana.

Apesar de a greve ter durado apenas dois dias, o governo decidiu manter a GLO "até a normalização do policiamento", de acordo com nota distribuída pela assessoria. Também em nota, o comando da 6ª Região Militar, responsável pelas tropas federais, informou que "durante os dez dias de operação, o Exército manteve-se comprometido com a missão de proteger e garantir a incolumidade das pessoas e do patrimônio".

A única região da Bahia que segue recebendo policiamento de tropas federais é a que abrange os municípios de Buerarema e Una, no sul do Estado. Um decreto de GLO está em vigor para a área desde o início de fevereiro, por causa de um conflito fundiário entre produtores rurais e indígenas da tribo Tupinambá.

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