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Após fraude, transplantes de fígado no Rio estão parados

Por AE
Atualização:

Desde a Operação Fura-Fila, da Polícia Federal, que prendeu na semana passada o médico Joaquim Ribeiro Filho, acusado de peculato, e indiciou outras quatro pessoas de sua equipe de transplantes de fígado, não houve nenhuma captação ou transplante hepático no Estado do Rio, apesar de ter havido notificação de órgão disponível. Segundo a Secretaria Estadual da Saúde, as notificações não se concretizaram porque os casos evoluíram com parada cardíaca, o que inviabilizaria a doação. Ontem, os primeiros dos 1.077 pacientes na fila de espera por um fígado foram às Unidades de Pronto-Atendimento para refazer o exame de sangue. Na semana passada, a secretaria determinou que todos os exames sejam refeitos para que o índice de Meld, que mede a gravidade da doença, seja recalculado. Ribeiro Filho manteria pacientes com exames desatualizados ou falsificados, com o objetivo de facilitar o desvio de órgão para pacientes que não estivessem nos primeiros lugares. "Qualquer notícia negativa influencia na captação de órgão. Há uma queda na doação de órgão, que é de 6 a 10 (fígados) por mês. Por isso lutamos pela transparência do programa: se a central de captação tem um telhado de vidro, prejudica o trabalho", disse o diretor da Associação de Transplantados do Hospital-Geral de Bonsucesso, Carlos Cabral. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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