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Após Japão e África, China suspende compras de carne do Brasil

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Por Redação
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A China foi o terceiro país a suspender as compras de carne bovina do Brasil, por conta de um caso não-clássico do agente da Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) registrado no país, de acordo com nota do Ministério da Agricultura divulgada nesta quinta-feira. Mais cedo, o ministério disse que a África do Sul também havia suspendido as importações temporariamente. No início da semana, foi a vez do Japão. Os três países não são compradores relevantes do produto do país, tradicionalmente o maior exportador global de carne bovina Para o ministério, o Brasil não teve registro da doença conhecida como mal da vaca louca. Um animal morto há dois anos no Sul do país teve sim um caso atípico de EEB. Entre janeiro e outubro deste ano, o Brasil vendeu 1,024 milhão de toneladas de carne bovina ao mercado internacional. Desse total, a China comprou somente 10,1 mil toneladas, o Japão adquiriu 1,3 mil toneladas, enquanto a África do Sul comprou 293 toneladas, segundo nota do ministério. "Até o momento, essas foram as nações que notificaram oficialmente ao ministério a respeito da interrupção temporária das compras de carne bovina brasileira", disse o ministério em nota. Com o objetivo de esclarecer aos governos do Japão, África do Sul e China sobre o caso, o ministério enviará missões oficiais a esses países. Além disso, os três países já receberam informações do governo brasileiro sobre o tema e outros esclarecimentos ainda serão prestados nos próximos dias, diz o ministério. "É natural, ao tomar conhecimento via imprensa, que a reação de alguns países seja de cautela", afirmou em nota o secretário-executivo do ministério, José Carlos Vaz. Além disso, o Brasil está intensificando os contatos com os maiores importadores da carne bovina brasileira. "Reforço que o rebanho brasileiro é de qualidade, o Sistema Veterinário Brasileiro é um dos melhores do mundo e em breve as negociações serão normalizadas", disse no comunicado o secretário de Defesa Agropecuária, Ênio Marques. O setor privado também está tomando medidas para esclarecer os clientes, com o objetivo de evitar um efeito dominó de embargos. (Por Roberto Samora)

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