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Após saída do MST, ferrovia de Carajás segue interditada

Por Monica Ciarelli (Broadcast)
Atualização:

A Vale informou hoje que a Estrada de Ferro Carajás, na altura de Parauapebas, no Pará, permanece interditada em função do vandalismo praticado por integrantes do Movimento dos Sem Terra (MST) e de um grupo de garimpeiros. Segundo a empresa, os manifestantes retiraram 1.200 grampos que fixam os trilhos ao solo, num trecho de mais de 200 metros de extensão; cortaram os cabos de fibra ótica que passam pelos trilhos, interrompendo a comunicação via celular de Carajás; atearam fogo em pneus sobre os trilhos, danificando mais de 300 dormentes; e usaram macaco hidráulico para levantar os trilhos, comprometendo a sustentação da linha. A ferrovia é uma das principais vias de escoamento da produção de minério de ferro da companhia. A Vale calcula que a interrupção represente uma perda aproximada de US$ 22 milhões por dia para a balança comercial brasileira. "A simples liberação da via pelos invasores não significa que os trens possam voltar a circular de imediato. Além disso, deixaram de ser transportadas 285 mil toneladas de minério de ferro, fora os danos à sinalização e aos equipamentos da ferrovia. Estimativas preliminares dão conta de que serão necessárias mais de 100 horas de trabalho para reparar os danos provocados pelos invasores", diz a nota. A Vale informou que obteve, na noite de ontem, mandado de reintegração de posse da ferrovia. Para a companhia, é "inadmissível" que uma empresa privada seja usada como instrumento de pressão contra os governos federal e estadual. A invasão de ontem foi a 11ª ocorrida em uma unidade da Vale desde março do ano passado.

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