Arrecadação federal cai em maio pelo 7o mês seguido

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Por Redação
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A arrecadação federal caiu em maio pelo sétimo mês seguido, abatida pela desaceleração econômica e por desonerações promovidas pelo governo, mostraram dados da Receita Federal nesta terça-feira. O governo federal arrecadou 49,835 bilhões de reais em impostos e contribuições no mês passado, uma queda real de 6,06 por cento frente a igual período de 2008. Nos primeiros cinco meses do ano, a arrecadação somou 269,691 bilhões de reais, valor 6,92 por cento inferior aos 289,741 bilhões de reais recolhidos no mesmo período do ano passado. Os dados são corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). "Nós temos uma base de comparação em 2008 bastante inflada, então é natural que a gente comece a ter, dada a crise, quedas de arrecadação", afirmou a jornalistas o coordenador-geral de Estudos, Previsão e Análise da Receita Federal, Marcelo Lettieri. Ele ponderiu que, no contexto atual de crise, a arrecadação não é o principal foco da política fiscal do governo, que promoveu desonerações em um esforço para estimular a atividade econômica. "A arrecadação não é prioridade, mas nós estamos atentos a ela", afirmou. A arrecadação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) caiu 16,2 por cento em maio na comparação com o mesmo período do ano anterior, para 1,150 bilhão de reais. No mesmo período, a arrecadação do Imposto de Renda encolheu 7,8 por cento, para 12,755 bilhões de reais, e a da Cofins caiu 10,9 por cento, para 8,868 bilhões de reais. Segundo Lettieri, se confirmada a projeção do governo de crescimento de 1,0 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) este ano, a arrecadação bruta do governo, excluindo as receitas previdenciárias, terão queda real este ano. A projeção é que elas somem 485 bilhões de reais em 2009, frente a 480 bilhões de reais no ano passado. A magnitude da queda real vai depender da inflação. (Reportagem de Isabel Versiani)

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