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Ártico continua a esquentar; geleiras seguem derretendo

Relatório sobre os efeitos do aquecimento global afirma que a cobertura de gelo no Ártico, em março, foi a menor já vista desde o início das medições por satélite

Por Agencia Estado
Atualização:

Sinais de aquecimento continuam a aparecer no Ártico, com uma redução do gelo sobre o mar, um aumento no número de arbustos na tundra e preocupações cada vez maiores com o capa de gelo da Groenlândia. "Já houve períodos de aquecimento regional antes, mas o que estamos vendo agora são mudanças em todo o Ártico", disse o oceanógrafo James Overland, do Laboratório Ambiental Marinho do Pacífico, no Estado de Washington (EUA). Em cada um dos últimos cinco anos, a temperatura em todo o Ártico ficou 1º C acima da média, durante o ano inteiro, disse ele. O novo relatório sobre o Estado do Ártico, divulgado pela Administração Nacional de Oceano e Atmosfera (NOAA), do governo americano, também informa um aumento no deslocamento de água quente pelo Estreito de Bering no período 2001-2004, o que pode ser uma das causas da contínua redução da massa de gelo no mar. Nesse período, a cobertura de gelo sobre o mar da região atingiu baixas históricas, segundo Overland. Neste ano, a cobertura em Bering foi mais normal, mas houve baixa recorde na parte atlântica do Ártico. No passado, esse tipo de mudança representava uma mera redistribuição do gelo, com perdas em uma parte da região ártica sendo compensadas por aumentos em outras áreas, mas agora existe uma perda líquida de gelo, disse o oceanógrafo. O relatório afirma que a cobertura de gelo no Ártico, em março, foi a menor já registrada, desde o início das medições por satélite. O estudo foi planejado para avaliar o impacto geral do aquecimento global no Ártico, e será atualizado anualmente. Foi compilado por pesquisadores dos EUA, Canadá, França, Alemanha, Polônia, Noruega, Suécia e Rússia.

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