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Ásia vai testar vacina contra gripe aviária neste ano

Vacina, desenvolvida em laboratório europeu, é feita com variante inativa do H5N1

Por Agencia Estado
Atualização:

Uma vacina experimental contra a gripe aviária será testada em seres humanos este ano em Hong Kong, Cingapura, Tailândia e Taiwan. Mais de mil pessoas serão imunizadas, afirmou nesta sexta-feira, 23, o coordenador do projeto. A vacina, desenvolvida por um laboratório europeu, é feita com uma variante inativa do vírus H5N1 isolado no Vietnã, onde a doença matou 42 pessoas desde o fim de 2003. "É um ensaio clínico multinacional de fase três que pretende recrutar mais de mil objetos de pesquisa", disse à agência de notícias Reuters Daniel Chu, principal coordenador do projeto em Hong Kong. Os ensaios de fase um e dois foram realizados na Europa, onde a vacina passou nos testes de segurança. "O importante nessa vacina é o adjuvante, que reduz a dose", disse Chu, que é médico. Adjuvantes são aditivos que aumentam o efeito de drogas ou vacinas. A dosagem é relevante porque se ela for eficaz em doses menores mais gente poderá ser imunizada. O ensaio clínico deve ter início em momentos diferentes nos quatro países, dependendo de quando for obtida a aprovação de cada governo. Em Hong Kong, ele está programado para começar em abril, com 360 voluntários adultos e saudáveis, disse Chu. Essa é uma entre as várias vacinas que estão sendo desenvolvidas para combater o vírus H5N1, já que os especialistas temem que ele possa causar uma pandemia de influenza, com milhões de mortos. A vacina européia será produzida a partir de culturas em ovos e vai exigir três doses: a segunda 21 dias depois da primeira e a terceira seis meses depois da primeira. Os voluntários, com idades entre 18 e 60 anos, serão submetidos a exames de sangue para avaliar seu nível de anticorpos. O ensaio deve produzir os primeiros resultados em meados de 2008. Existem atualmente pelo menos quatro grandes variantes do vírus, e algumas delas estão sendo usadas pelos laboratórios para criar vacinas experimentais, ou "pré-pandêmicas". Mas, como o vírus sofre mutações constantes, a vacina pode ter sua eficácia reduzida ou até eliminada no caso de uma pandemia de verdade.

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