Aso é confirmado premiê no Japão e promete pacote

Primeiro-ministro reconhece ansiedade dos japoneses em relação à economia.

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Por Da BBC Brasil
Atualização:

O novo primeiro-ministro do Japão, Taro Aso, foi confirmado no cargo pelo Parlamento do país nesta quarta-feira e prometeu lançar um pacote com o objetivo de impulsionar a economia do país, especialmente as áreas rurais. Aso disse que vai fazer o que for necessário para dar novo alento à economia japonesa, que vive um momento de dificuldades. O ex-chanceler também começou a escolher os membros de seu gabinete e anunciou que Shoichi Nakagawa, um conhecido crítico da China, será o seu ministro das Finanças. "Estou bastante ciente da ansiedade das pessoas quanto à economia, seus meios de sustento e a descrença em relação à política", disse Aso. "Acho que muitos países estão sofrendo com a crise financeira global, e o fato é que o Japão é um deles, ainda que nós tenhamos ficado apenas levemente feridos em comparação com esses países." Estratégia Aso, um nacionalista conservador, deve enfrentar dificuldades para aprovar suas propostas no Parlamento, já que a oposição domina a Câmara Alta. A situação impediu que o antecessor de Aso, Yasuo Fukuda, aprovasse muitas das propostas que apresentou ao Legislativo - e o ex-primeiro-ministro renunciou no início deste mês, após menos de um ano no poder. Para tentar resolver isso, a expectativa é de que Aso convoque uma eleição geral, em que tentaria obter um forte respaldo popular para suas medidas. Segundo o correspondente da BBC em Tóquio, Chris Hogg, a estratégia seria uma aposta de Aso, sem garantias de que ele possa sair ganhando. Não há necessidade de convocar eleições gerais pelos próximos 12 meses e o partido do novo primeiro-ministro, o Liberal Democrático, é no momento profundamente impopular no Japão. Mas Aso espera que sua indicação ajude o partido a ganhar apoio popular, de acordo com Hogg. Em uma eleição geral, apenas as cadeiras da Câmara Baixa estariam em disputa, mas Aso acredita que uma vitória convincente indicaria que a população quer que ele implemente mudanças e que a oposição deveria apoiá-lo, segundo o correspondente da BBC. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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