PUBLICIDADE

Assalto a restaurante no Rio termina com 3 mortos

Por Fabio Grellet
Atualização:

Dois homens e uma mulher morreram durante troca de tiros com a PM, na manhã desta segunda-feira, quando tentavam assaltar um restaurante na Tijuca, zona norte do Rio. Pelo menos outros dois comparsas do grupo conseguiram fugir, levando R$ 10 mil do estabelecimento, além de celulares, dinheiro e joias dos funcionários. O tiroteio causou pânico entre as pessoas que passavam pela região. Só os assaltantes foram atingidos.O assalto começou às 10h30, quando um casal vestindo roupa social entrou no restaurante Brasa Gourmet, na esquina das ruas Mariz e Barros e Professor Gabizo, se passando por cliente. Após perguntar se o estabelecimento já estava funcionando, o casal anunciou o assalto. Outros três integrantes da quadrilha entraram e renderam os cerca de 20 funcionários que estavam no restaurante. Todos foram reunidos na cozinha e, sob a mira de armas, obrigados a entregar objetos pessoais.Vizinhos suspeitaram do movimento e acionaram a PM. Ao chegar, os policiais se depararam com o casal de assaltantes na porta. A mulher se apresentou como funcionária e, enquanto conversava com os policiais, retirou da bolsa uma pistola e atirou contra os policiais. Seu comparsa também atirou. Os policiais revidaram e atingiram o casal, que morreu no local.Um terceiro assaltante tentou fugir, mas foi baleado e morreu a caminho do hospital Souza Aguiar, no centro. Além do inquérito sobre tentativa de latrocínio (matar para consumar o roubo), a Polícia Civil iniciou uma investigação específica sobre a morte desse homem, o único identificado até a tarde de ontem. Magno Barbosa Casemiro, de 36 anos, conhecido como Professor, estava foragido da polícia e morava na Rocinha, comunidade da zona sul do Rio. Imagens gravadas por pedestres mostram Casemiro tentando fugir. Depois que ele atira contra os policiais, um PM dispara contra ele e o atinge, matando-o.A Polícia Civil acredita que até oito pessoas tenham participado do assalto - cinco chegaram a entrar no restaurante, mas outros três estariam auxiliando o grupo na rua. Também existe a suspeita de que algum funcionário ou ex-funcionário tenha participado da ação.O secretário estadual de Segurança, José Mariano Beltrame, afirmou acreditar que a ação foi planejada. "Infelizmente aconteceu o confronto, algo que não queremos. Mas a polícia conseguiu de certa forma estar presente. Temos que ver se essas pessoas são da Tijuca, se tem alguém por trás que pode ter dado o melhor horário, o local, o momento mais certo de aquela empresa ser atacada ou se foi um ato aleatório, o que eu acho, em tese, que não", afirmou Beltrame.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.