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Atala cai de 4.º para 6.º na lista dos melhores

Por JOSÉ ORENSTEIN E MAELI PRADO
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O Oscar da gastronomia foi entregue nesta segunda-feira, 29, em Londres: a lista dos 50 melhores restaurantes do mundo, promovida pela revista inglesa Restaurant, deu o primeiro prêmio ao catalão El Celler de Can Roca. O paulistano D.O.M., de Alex Atala, perdeu duas posições e ficou em sexto. Desde o início do ano, havia rumores de que o brasileiro chegaria ao primeiro lugar, especialmente nos últimos dias quando o chef entrou na lista das personalidades mais influentes da revista Time."Ficamos felizes por estarmos, pela oitava vez, na lista dos melhores do mundo. Só quero agradecer ao meu braço direito, Geovani Carneiro, pela consistência que conseguimos alcançar no D.O.M.", disse Atala em Londres. O paulistano Maní, de Helena Rizzo e Daniel Redondo, estreou no ranking, na 46.ª posição. "Estou superfeliz pelo reconhecimento de um trabalho feito com tanto amor", disse Helena Rizzo, por telefone, de Londres. O restaurante Sudbrack, no Rio de Janeiro, da chef Roberta Sudbrack, apareceu em 80.º - o estabelecimento caiu da posição n.º 71 do ano passado.Criado em 2003, o World 50 Best Award é feito com votos de 936 jurados de diferentes regiões, que votam "em suas melhores experiências gastronômicas no ano". O prêmio ganhou notoriedade e rapidamente roubou a atenção das estrelas concedidas pelo centenário guia Michelin. Conforme foi conquistando importância, cresceu a polêmica que desperta por privilegiar a vanguarda e ter entre os jurados chefs e donos de restaurantes, além de críticos e gourmets.Nos últimos três anos, o ranking foi liderado pelo restaurante dinamarquês Noma, que iniciou a onda escandinava, despertando a atenção de gourmets do mundo todo para a região. A cozinha do Noma, de René Redzepi, valoriza os produtos locais, preparados com rigor técnico e muita criatividade. Antes dele, o El Bulli, de Ferran Adrià, também catalão, reinou por cinco anos, até fechar em 2011, apostando na cozinha de vanguarda.Novo número 1, El Celler de Can Roca alia vanguarda e família, fazendo da refeição na casa dos Rocas um show capaz de oferecer brincadeiras como o "Gol de Messi": bola de chocolate cortada ao meio com imitação de grama e redes de um gol - tudo comestível, para ser provado enquanto se escuta em um iPod a narração de um tento do craque argentino que joga na Catalunha. Fumaças, espumas, gelatinas, sons, cores e cheiros: os pratos, no Can Roca, exploram texturas e sensações que não se resumem ao gosto do que vai à boca. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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