Ataques em Paris impulsionam apoio a partido anti-islâmico na Holanda

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Por Redação
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O apoio ao anti-islâmico Partido da Liberdade, do populista holandês Geert Wilders, saltou ao seu mais alto nível em mais de uma ano após os ataques feitos por militantes islâmicos em Paris. Se as eleições fossem realizadas agora, o partido de Wilders se tornaria o maior da Holanda, com 31 dos 150 assentos do Parlamento, mais do que o dobro que o alcançado nas eleições mais recentes, de acordo com pesquisa divulgada neste domingo. Os partidos Liberal e do Trabalho, hoje no poder e prejudicados pelo insistente crescimento baixo da economia, teriam apenas 28 cadeiras entre eles, comparadas às 79 que garantiram após as eleições de 2012. O Partido da Liberdade aparecia com potenciais 30 assentos em um levantamento feito pouco antes dos ataques entre 7 e 9 de janeiro em Paris, em que 17 pessoas, incluindo jornalistas e policiais, morreram vítimas de três militantes islâmicos armados, também mortos em seguida pelas forças especiais francesas.  Na esteira dos atentados, Wilders disse que o Ocidente estava "em guerra" com o Islã e pediu por medidas duras. "Se não fizermos nada, vai acontecer aqui", disse ele segundo o jornal Het Parool. O ataque contra o jornal satírico semanal Charlie Hebdo repercutiu de modo especial na Holanda. Há doze anos, o cineasta holandês Theo van Gogh, conhecido por seus comentários contrários ao Islã, morreu esfaqueado por um radical islâmico enquanto percorria uma rua de Amsterdã em sua bicicleta.

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