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Atendimento em hospital no Rio é suspenso até segunda

Por Clarissa Thomé
Atualização:

O atendimento ambulatorial do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), está suspenso até segunda-feira. Técnicos da Defesa Civil e de uma empresa de engenharia decidiram hoje estender as obras no reforço nos pilares de sustentação do anexo do hospital, que sofreu um abalo na madrugada do dia 21, até o terceiro andar. A instituição faz, em média, 35 cirurgias e 1.500 atendimentos diários.Toda a ala B, que fica colada à área afetada, teve de ser esvaziada. Enfermarias, salas de cirurgia, o CTI cardíaco, laboratórios e a copa estão desativados. Setenta e nove pacientes foram removidos para outros setores. "Tudo isso desestruturou nosso funcionamento. Estamos tentando reorganizar o fluxo interno para poder voltar a receber os pacientes do ambulatório", afirmou Lucila Perrotta, diretora da Divisão Médica do hospital.Na madrugada de segunda-feira, um estrondo seguido de tremor acordou pacientes e funcionários. A Defesa Civil foi chamada e constatou que quatro das oito colunas de sustentação de uma área desativada do hospital haviam sido afetadas - duas perderam a função e duas envergaram diante o excesso de peso.O hospital foi construído nos anos de 1950, durante o governo Getúlio Vargas, mas apenas metade do prédio foi concluída e inaugurada em 1978. O espaço restante nunca foi ocupado. Houve muita discussão sobre se o ideal seria demolir a área que ficou conhecida como "perna seca" ou recuperá-la."Ficou aparentemente claro que essa parte do prédio não pode ser preservada. O prédio foi construído com juntas de dilatação, e pode ser demolido. O reforço na estrutura garante que não há risco de ruir e a prefeitura está analisando a questão da derrubada da área não ocupada", afirmou Lucila.Hoje pela manhã, o hospital voltou a ser esvaziado, depois de um boato de que o prédio havia voltado a tremer. A Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros fizeram nova vistoria, mas não constataram evidência de que a estrutura havia voltado a ser afetada.

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