Aumenta apreensão de remédios piratas em São Paulo

No primeiro semestre deste ano, foram apreendidas 31.265 cápsulas falsificadas ou contrabandeadas

PUBLICIDADE

Por AE
Atualização:

No primeiro semestre deste ano, em São Paulo, foram apreendidas 31.265 cápsulas ilegais de remédio falsificado ou contrabandeado pela Polícia Rodoviária Federal no Estado, número 11 vezes maior em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram 2.866. O aumento da apreensão desses remédios, ressalta André Barcellos, secretário-executivo do Conselho Nacional de Combate à Pirataria do Ministério da Justiça, é resultado do trabalho da polícia para conter a criminalidade que trafega nas rodovias. Especialistas alertam que a pirataria na saúde coloca em risco os consumidores, pois trata-se de remédios que ou não produzem efeito desejado ou podem provocar intoxicações. A preocupação, diz ele, é que a falsificação das drogas terapêuticas "é uma das formas mais perversas de pirataria". "Diferentemente de um DVD, a particularidade dos remédios é que o consumidor não tem a consciência de que está comprando um produto falso, que oferece riscos", afirma, ao ressaltar que, além do comércio virtual e em feiras populares, existem evidências de que "estabelecimentos regularmente estabelecidos podem estar vendendo esses remédios". Nos boletins divulgados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), as drogas contra a impotência aparecem no alvo preferencial dos falsificadores e correspondem a 72,7% das fraudes detectadas nos últimos três anos, segundo levantamento feito pela reportagem com base nos 22 lotes adulterados (cada um chega a ter 100 mil cartuchos). Viagra, Cialis e Levitra foram as marcas de terapêuticos mais burladas. As informações são do Jornal da Tarde.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.