Aumenta área de cana colhida com máquina

Mecanização na colheita atingiu, entre abril e maio, 62% no Centro-Sul. Em São Paulo, índice foi de 67%

PUBLICIDADE

Por
Atualização:

Levantamento do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) aponta que, entre abril e maio, os dois primeiros meses da safra 2009/2010, a colheita mecânica foi feita em 62% da área de cana no Centro-Sul e 67% da área paulista. No mesmo período da safra passada, a colheita mecânica atingiu 53% no Centro-Sul e 57% em São Paulo, maior Estado produtor.O avanço da colheita mecânica não significa que a queima da palha da cana-de-açúcar tenha recuado na mesma proporção. Os dados do CTC mostram que 49% das áreas colhidas em São Paulo eram de cana crua, ante 47% em igual período do ano passado. No Centro-Sul, o índice de colheita sem queimadas saltou 42% para 43% se comparados os mesmos períodos.O gerente-geral de Produtos do CTC, Luiz Antonio Dias Paes, explica que a existência de muitos equipamentos antigos nas propriedades leva à necessidade de queima antes de iniciar a colheita mecânica.Os destaques entre os Estados com maior mecanização da colheita da cana-de-açúcar até maio são Goiás e São Paulo (67%); Mato Grosso do Sul (64%) e Minas Gerais (53%). "Em São Paulo os produtores se prepararam para o protocolo do setor sucroalcooleiro assinado com o governo, que prevê 100% de colheita sem queimadas até 2014. Nos outros Estados, a colheita mecânica avança porque normalmente são em áreas de expansão, com usinas novas, que não usam colheita manual."O destaque negativo é o Estado do Paraná, segundo maior produtor de cana do País, cujas lavouras de 16 unidades avaliadas registraram índice de queima da palha de 97% até maio, estável em relação a igual período do ano passado, e onde a colheita mecânica atingiu 22% das lavouras, ante 15% em igual período de 2008/2009. "De fato, no Paraná, por ser um Estado chuvoso, a colheita mecânica é mais difícil, pois a umidade interfere na colheita e também atrapalha a entrada da máquina na lavoura", concluiu Paes.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.