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Autor de homicídios em GO depõe para CPI da Pedofilia

Por Vannildo Mendes
Atualização:

O assassino confesso de seis jovens em Luziânia (GO), Admar de Jesus, prestou mais um depoimento hoje à tarde. Desta vez para os senadores Demóstenes Torres (DEM-GO), presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, e Magno Malta (PR-ES), presidente da CPI da Pedofilia.No depoimento, Admar, também pedófilo confesso, fez novas revelações, a principal delas foi a de que teve relações sexuais com os seis garotos antes de assassiná-los e não apenas com dois, como havia revelado na entrevista concedida pela manhã. A principal prova disso é que todos os corpos foram enterrados nus e apresentavam sinais de violação. Interrogado sobre isso, ele acabou confessando.Na saída do interrogatório, que foi realizado na Secretaria de Segurança, em Goiânia, na presença dos delegados que comandam o inquérito, o senador Demóstenes Torres informou que vai trabalhar, no Congresso, para a aprovação de algumas medidas para agravar as penas de quem comete crimes hediondos e impedir que saiam da cadeia bandidos com histórico de pedofilia e de abusos sexuais.Um dos projetos, já em tramitação no Congresso, torna obrigatório o laudo criminológico (hoje facultativo), no qual está incluída avaliação psiquiátrica, com base no qual o juiz pode soltar um preso psicopata. Outro projeto que também tramita no Legislativo prevê que a progressão da pena para quem comete crimes hediondos só ocorra após cumpridos dois terços da pena.Demóstenes reclamou que a medida ainda não entrou em vigor porque o governo foi contra sua aprovação, num primeiro momento, porque, segundo ele, tem uma política voltada para soltar presos em vez de investir na construção de presídios. O terceiro projeto destina-se a implantar o monitoramento eletrônico de detentos que mudam regime de pena. O monitoramento se daria por meio de pulseiras e tornozeleiras eletrônicas.Demóstenes e Magno Malta informaram que vão convocar para depor no Congresso tanto o juiz que soltou Admar quanto o psiquiatra que emitiu o laudo que atestava que o criminoso sofria de grave doença psiquiátrica, era perigoso e estava inabilitado para voltar ao convívio social sem o tratamento adequado.Admar de Jesus foi preso no último final de semana e confessou ter matado os seis jovens de 13 a 19 anos na cidade de Luziânia (GO), a pauladas, golpes de enxadão e de martelo de pedreiro.

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