
18 Julho 2009 | 17h14
A Autoridade Palestina havia banido nesta quarta-feira o canal de notícias árabe e ameaçado processá-lo por alegações de que o canal transmitiu imagens contra o presidente Mahmoud Abbas.
Salam Fayyad, primeiro-ministro do governo de Abbas, afirmou em uma nota: "Eu decidi revogar a suspensão do trabalho do escritório da Al Jazeera."
Fayyad acrescentou que a Autoridade Palestina irá seguir com a ação legal contra o canal de TV "pelo contínuo incitamento contra a Organização para Libertação Palestina e a Autoridade Nacional Palestina."
O ministério da Informação afirmou na quarta-feira que a Al Jazeera havia espalhado mentiras e incitado a audiência contra as autoridades que governam a Cisjordânia.
O ministério disse que as alegações levantadas pela Al Jazeera e atribuídas a um antigo membro do partido Fatah, Farouq al-Qadoumi, não são verdadeiras.
O canal de TV citou Qadoumi afirmando que Abbas conspirou com Israel para matar o seu antecessor Yasser Arafat em 2003. Arafat morreu em um hospital em Paris, em 2004, de uma indisposição desconhecida.
Walid al-Omary, chefe do escritório da Al Jazeera em Israel e nos Territórios Palestinos, celebrou a decisão.
"Esta é a decisão certa. A mídia não deve ser banida por fazer o seu trabalho. Se eles têm algo contra a gente, eles devem ir à Justiça," disse Omary a Reuters.
(Reportagem de Ali Sawafta e Mohammed Assadi)
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