07 de junho de 2013 | 19h42
Rodrigues, que sofria de polirradiculoneuropatia, uma rara doença neuromuscular degenerativa, ficou conhecido por ter se casado e escrito um livro, "Caçador de Lembranças", durante o período de quatro anos e quatro meses que esteve na UTI. Com isso, a delegada do Núcleo de Repressão aos Crimes Contra a Saúde (Nucrisa), Paula Brisola, afirmou que o caso está encerrado. Os nomes dos acusados não foram divulgados.
"Estamos com o inquérito policial em fase de conclusão, houve o indiciamento da auxiliar de enfermagem que efetuou o desligamento do aparelho, o que é um crime de homicídio doloso e do médico que atestou o óbito, onde nós entendemos que houve falsidade ideológica, haja vista que, na declaração de óbito, existe a doença-base que o João Carlos tinha no momento do internamento e o óbito ocorreu pelo desligamento do respirador", disse, em entrevista à Band News TV.
Durante os depoimentos, a auxiliar de enfermagem afirmou que recebeu ordens. "Ela relata que fez isso a pedido de outro funcionário, que teria pedido que ela desligasse o respirador, mas esse funcionário alegou ter dito para que ela desligasse a medicação, uma sedação que o paciente recebia", afirmou Paula. Já a irmã do paciente, Noeli, lamentou a "morosidade" da Justiça. "Ele não vai voltar mais..., mas a tristeza de saber que não foi feito nada, não houve a Justiça para isso é que entristece a gente." Logo após a morte de Rodrigues, a mãe do jovem teve um enfarte fulminante e morreu.
Em seguida, o Hospital Evangélico realizou uma sindicância em que destacou um "ato falho de um profissional". A polícia afirmou que a morte do paciente não tem relação com os falecimentos investigados na UTI e denunciados ao Ministério Público (MP), e que provocaram a prisão da médica Virgínia Soares no início de 2013.
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