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Banco de dados da imigração japonesa é aberto em SP

Por AE
Atualização:

Entre 1908 e 1973, os nomes, locais de origem e de destino de cerca de 210 mil imigrantes japoneses foram registrados em livros feitos com papel washi, de arroz, no Porto de Santos. Escritos em ideogramas japoneses, acabaram esquecidos em alguma estante de museu - com eles, esqueceu-se também a origem dos imigrantes, cujos registros não existiam no alfabeto ocidental. A partir de hoje, com a abertura de um banco de dados desenvolvido em homenagem aos 100 anos da imigração japonesa, o anonimato ficará para trás - e o passado estará disponível a quem quiser. Os dados foram transcritos por 126 voluntários, sob coordenação da Associação para Comemoração do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil. "Os nomes são a primeira página da história da comunidade japonesa, uma página que não poderia ficar esquecida", afirma Leda Nakabayashi, idealizadora do projeto, chamado Ashiato - do japonês "pegadas", ou "rastros". Na transcrição dos caracteres kanji para o alfabeto ocidental, famílias inteiras de imigrantes se uniram e participaram dos trabalhos. "O maior desafio foi encontrar voluntários que soubessem interpretar os ideogramas. Por isso foi tão importante a participação das pessoas mais idosas", diz Lidia Yamashita, atual coordenadora do projeto. Até o momento, foram transcritos dados de 322 livros de registros - cada qual para uma viagem Japão-Brasil - que estavam no Museu Histórico da Imigração Japonesa no Brasil, no bairro da Liberdade, em São Paulo. "Ainda faltam os registros que estão no Memorial do Imigrante e as informações estatísticas. Isso faz parte da próxima etapa do projeto", afirma Leda. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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