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Bancos ajudam Bovespa a fechar no azul apesar de queda de siderúrgicas

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Por Redação
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A Bovespa fechou no campo positivo nesta terça-feira, na esteira da alta das bolsas norte-americanas, com ações do setor financeiro ofuscando a queda da Petrobras e de siderúrgicas. O Ibovespa registrou alta de 0,56 por cento, a 49.703 pontos. O giro financeiro do pregão somou 5,5 bilhões de reais. O índice brasileiro ensaiou alta pela manhã, mas devolveu os ganhos perto da abertura das bolsas norte-americanas. Contudo, voltou ao azul diante do avanço do Dow Jones. Nos Estados Unidos, dados do varejo em dezembro melhores que o esperado ajudaram a animar investidores depois de uma forte queda na sessão anterior. Por aqui, as instituições financeiras Itaú Unibanco, Banco do Brasil e Bradesco, que têm grande peso no Ibovespa, compensaram a queda da Petrobras e do setor siderúrgico, afetado por contínuas preocupações sobre o crescimento da China. A maior alta do dia ficou com a incorporadora Cyrela, com o mercado vendo com bons olhos sua prévia operacional, divulgada na véspera. Segundo a equipe de análise do Credit Suisse, os lançamentos e vendas trimestrais no quarto trimestre da empresa superaram as estimativas do banco em quase 50 por cento. A preferencial da operadora Oi, que chegou a avançar 7,9 por cento, acabou desacelerando alta, mas fechou no azul depois de o Conselho Administrativo de Defesa Econômica aprovar sua união com a Portugal Telecom. "A decisão do Cade já era meio esperada, mas uma definição sempre é boa, sempre tem algum investidor disposto a comprar", afirmou o analista Fábio Gonçalves, da Banrisul Corretora. O papel da empresa de educação Estácio Participações também subiu. O Ministério da Educação descredenciou a Universidade Gama Filho e a UniverCidade, ambas com sede no Rio de Janeiro, levantando esperanças de que a Estácio ganhe participação de mercado. Ainda no cenário doméstico, permanecia na mira de investidores a decisão do Banco Central sobre a taxa Selic, a ser divulgada na quarta-feira. O resultado acima do esperado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em dezembro, divulgado na semana passada, deu força às apostas de um aumento de 0,5 ponto percentual na taxa básica. "Alguma mudança diferente poderia desencadear uma reação mais forte no juro futuro e ter um efeito em alguns setores da bolsa. Se o Banco Central for mais 'dovish' (viés mais expansionista), ajudaria setores voltados ao consumo", disse o economista Gustavo Mendonça, da Saga Capital. (Por Priscila Jordão)

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