Bangladesh liberta líder de oposição após duas semanas

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Por Redação
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As autoridades de Bangladesh, neste sábado, permitiram que a líder da oposição Begum Khaleda Zia saísse de sua casa para participar de uma reunião, no que a equipe dela disse ter sido o primeiro relaxamento de uma "prisão domiciliar virtual" que durou mais de duas semanas. Seus apoiadores disseram que Khaleda estava evitando sair de casa antes e depois da violenta eleição parlamentar vencida pelo partido de situação Liga Awami. O resultado nunca foi contestado depois de um boicote do seu Partido Nacionalista de Bangladesh (BNP). Uma porta-voz da BNP, porém, disse que Khaleda deixou sua casa para uma reunião com o embaixador chinês Lee Jung no escritório dele na cidade, neste sábado. Khaleda, também líder da aliança entre 18 partidos de oposição, foi para o seu escritório pela última vez em 27 de dezembro. Forças de segurança cercam sua residência desde 25 de dezembro. Osman Farruk, um dos líderes do BNP, disse à Reuters que até o governo libertar outros membros do partido e parar com a prisão e o assédio "não podemos dizer que esse foi um passo positivo". O governo negou ter mantido a líder do BNP em "prisão domiciliar", mas Mashiur Rahman, um conselheiro do primeiro-ministro Sheikh Hasina, disse no sábado que Khaleda foi impedida de deixar a sua residência porque estava instigando ativistas a serem violentos para resistir à eleição. "Como a eleição acabou, agora ela tem todo o direito de continuar com suas políticas saudáveis", acrescentou Rahman. No domingo, um novo gabinete prestou juramento na cerimônia para a qual Khaleda também foi convidada, segundo o secretário Musharraf Hossain Bhuiyan. Dezoito pessoas foram mortas em incidentes isolados durante a eleição no domingo passado, e votos foram interrompidos em mais de 400 estações. Mais de 100 pessoas foram mortas antes da eleição, a maioria em áreas rurais, e o medo de violência manteve muitos eleitores afastados. (Por Serajul Quadir)

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