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Barein deixa Fórmula 1 em situação difícil

Por ALAN BALDWIN
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A Fórmula 1 precisa decidir na sexta-feira se satisfaz os governantes do Barein e remarca o Grande Prêmio do país ou se atende as equipes e os ativistas de direitos humanos e deixa o pequeno reinado de fora do calendário. Enquanto muitos na Fórmula 1 evitam falar sobre a situação, o campeão mundial de 1996, o britânico Damon Hill, afirmou que o esporte tem a chance de "mostrar que se importa com todas as pessoas e com os direitos humanos". "Se a Fórmula 1 concordar em correr no Barein, terá para sempre a mancha da associação com os métodos repressivos para alcançar a ordem", disse Hill numa mensagem de apoio a uma petição online. "A coisa certa a fazer, na minha opinião, é não correr no Barein, até que essas dúvidas sejam removidas." O resultado da reunião do conselho da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) em Barcelona, porém, está longe de ser decidido. O chefe comercial da F1, Bernie Ecclestone, já disse esperar que a corrida aconteça. Originalmente, ela estava marcada para 13 de março e deveria abrir a temporada, mas foi adiada em razão de um levante contra o governo. Os organizadores locais afirmam que estão prontos. Ecclestone, de 80 anos, e o xeique Abdulla bin Isa al-Khalifa, do Barein, que chefia a comissão de automobilismo da FIA, estarão no que promete ser um encontro difícil do conselho da federação, integrado por 26 pessoas e chefiado pelo presidente Jean Todt. A principal dificuldade pode ser o próprio calendário -- e não o risco de provocar descontentamento com a ideia de uma corrida em um país que acabou de suspender a lei de emergência após sufocar protestos pró-democracia. A questão também poderá ser uma boa desculpa. A fim de incluir o Barein, sugeriu-se que o Grande Prêmio da Índia fosse transferido de 30 de outubro para 11 de dezembro -- seria o término mais tardio de uma temporada desde 1963 e uma data difícil para as equipes. Por enquanto, a temporada deve acabar no Brasil, no dia 27 de novembro.

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