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Barein restringe ONGs e pede adiamento de investigação da ONU

Por ANDREW HAMMOND
Atualização:

O Barein impôs restrições a grupos que tentam monitorar reformas no pequeno reino árabe, e pediu a um investigador de torturas da ONU que adie uma viagem, disseram entidades na quinta-feira. O Alto Comissariado de Direitos Humanos da ONU disse que o Barein solicitou formalmente que a viagem do relator especial para torturas, originalmente marcada para 8 a 17 de março, seja adiada para julho. Um porta-voz do Alto Comissariado disse que o relator especial Juan Mendez irá expressar aos representantes barenitas em uma reunião na semana que vem sua frustração com o "adiamento de última hora". Segundo o porta-voz, o Barein pediu mais tempo para implementar reformas antes da visita do investigador. Aliada estratégico dos EUA na região do golfo Pérsico, a monarquia sunita do Barein está sob pressão de governos ocidentais para implementar reformas democratizantes depois da violenta repressão a protestos da maioria xiita nos últimos meses. Fatima al Balooshi, ministra de Desenvolvimento Social do reino, disse nesta semana ao Conselho de Direitos Humanos da ONU que o Barein tirou lições da crise. "Equívocos foram cometidos. Sérios erros foram cometidos", disse ela em Genebra. "Acreditamos estar no caminho certo." Em janeiro, o Barein determinou que várias organizações de direitos humanos adiassem suas visitas ao país para depois de 22 de fevereiro, data que o governo se impôs para reformas que abrangem Judiciário, educação e imprensa, além de medidas destinadas a indenizar vítimas de torturas e promover a reconciliação nacional. Três grupos de direitos internacionais disseram que o governo do Barein os informou nesta semana de novas regras que limitam as viagens a cinco dias.

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