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Bashir defende lei islâmica no Sudão e chicotadas em mulheres

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Por Redação
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O presidente do Sudão disse neste domingo que o país adotará uma Constituição inteiramente islâmica se o sul se dividir da Nação após um referendo. As afirmações foram feitas em um discurso no qual ele também defendeu policiais que foram filmados chicoteando uma mulher. "Se o Sudão do sul se separar, mudaremos a Constituição e, nesse momento, não haverá mais tempo para falar sobre diversidade de cultura e afiliação étnica," afirmou o presidente Omar Hassan al-Bashir a partidários em um comício na cidade de Gedaref, no leste do país. "A sharia e o islã serão a fonte principal da Constituição, o islã a religião oficial e o árabe o idioma oficial," afirmou. Os sudaneses do sul realizarão uma votação daqui a três semanas para decidir se querem declarar independência de parte do Sudão, um plebiscito prometido em um acordo de paz de 2005 e que encerrou décadas de guerra entre o norte, que é muçulmano, e o sul, onde a maioria segue os credos do cristianismo. Esse acordo de 2005 estabeleceu uma Constituição interina, que limitava a lei islâmica sharia ao norte e reconhecia "a diversidade cultural e social do povo sudanês." Bashir também defendeu policiais que deram chibatadas em uma mulher em vídeo que foi publicado no site YouTube. "Se ela é chicoteada de acordo com a lei sharia, não haverá investigação. Por que as pessoas estão envergonhadas? Essa é a sharia," disse. (Reportagem de Khaled Abdel Aziz)

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